segunda-feira, 2 de maio de 2011

Ocupação de um edifício do IPSEMG, na Praça da Liberdade

Olho ao meu redor... E fico impressionada ao ver como as notícias que dizem respeito às reivindicações sociais e populares não chegam ao povo ou quando chegam aparecem de maneira distorcida e enviesada no meios midiáticos. Em Minas Gerais  as coisas não são diferentes. Por este motivo, nesta postagem copio e colo um texto que recebi por e-mail sobre a Ocupação de um edifício do IPSEMG na capital mineira, pois é importante dar uma versão mais real quanto à legitimidade deste tipo de mobilização.




Hoje, dia 02 de maio de 2011, segunda-feira, agora, às 9:00h, acaba de acontecer aocupação de um edifício do IPSEMG, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, esquina com a Av. João pinheiro.

Militantes das Brigadas Populares, com a participação de militantes dos Movimentos Sociais, que participam do III Encontro Mineiro dos Movimentos Sociais, ocuparam agora, às 9:00h, um prédio do IPSEMG.

A situação no local está muito tensa. A tropa de choque deverá chegar em pouco tempo. Os manifestantes estão dispostos a resistir, porque DENUNCIAM UMA GRANDE INJUSTIÇA.
Pedimos, com urgênia, a presença da IMPRENSA e de autoridades dos Direitos Humanos no local, para informar a sociedade o que está acontecendo e também para evitar violência por parte da Polícia. A OCUPAÇÃO É PACÍFICA, MAS os manifestantes estão dispostos a continuar no prédio...


Para saber o porque e para que leia a NOTA, abaixo:



Nota das Brigadas Populares à imprensa e à sociedade:



 Copa Sim! Despejo Não!

Todos sabem que Belo Horizonte irá sediar a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em 2014. Porém, nem todo mundo sabe o verdadeiro legado que esses megaeventos esportivos podem deixar para o povo, especialmente para as comunidades e setores pobres da sociedade. Bilhões de reais serão investidos para a reforma do Mineirão, para a ampliação do aeroporto de Confins, construção de viadutos, alargamento de avenidas e construção de hotéis de luxo para os turistas.

Infelizmente, o lado perverso das ações do Poder Público contra a população pobre é omitido pela propaganda mentirosa dos benefícios da Copa. Comunidades já estão sendo removidas para dar passagem às obras como, por exemplo, a Vila Recanto UFMG, localizada na Avenida Antônio Carlos. As indenizações pagas não permitem às famílias adquirir uma nova moradia em BH. Somente no entorno do Anel Rodoviário, estima-se que mais de 3 mil famílias serão removidas. Na Mata dos Werneck, próximo ao Ribeiro de Abreu, o quilombo Mangueiras está ameaçado de desaparecer do mapa em função do mega projeto imobiliário que será implantado na área que deixará de ser a última grande área verde da cidade para se tornar uma nova Regional destinada às classes privilegiadas. Além disso, setores vulneráveis da população, como moradores em situação de rua e trabalhadores informais ambulantes, têm sofrido forte repressão da Administração municipal e das forças policiais do Estado.

Como se não bastasse, o Governo do Estado tentou repassar a preço de banana o prédio do IPSEMG localizado na Praça da Liberdade (esq. Com Av. João Pinheiro) para utilização por um grande hotel de luxo. O consócio vencedor do empresário Fazano foi o único participante do processo licitatório que, de tão fraudulento, ilegal e imoral, foi anulado por decisão do Tribunal de Contas do Estado. A rede Hoteleira do empresário, amigo de Aécio Neves, pagaria menos de 15 mil reais por mês para usar o valorizado imóvel do IPSEMG por 35 anos, indefinidamente prorrogáveis. Um crime contra o patrimônio público e contra o povo mineiro.

Não é essa a Copa do Mundo que queremos, com licitações ilícitas, remoções forçadas, despejos violentos, repressão sobre os pobres e falta de transparência.

Por isso ocupamos legitimamente o prédio abandonado do IPSEMG, para denunciar as violações de direitos humanos justificadas pela Copa do Mundo e fortalecer a luta por uma cidade onde caibam todos e todas!


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